sábado, 19 de novembro de 2011

‘Amanhecer – Parte 1’: último filme da saga Crepúsculo tem mais terror

Parece que a escolha do diretor para o quarto filme da saga Crepúsculo foi bem mais acertada do que as anteriores. Bill Condon enxugou bastante o melodrama e abriu espaço para nuances de terror em “Amanhecer - Parte 1”. “Tem um pouco de ‘O Bebê de Rosemary’ (1968), clássico do terror de Roman Polanski, e um pouco de 'O Exorcista' (1973, de William Friedkin) na segunda parte. Entramos um pouco mais no terror”, revelou o diretor. Claro que não há nada suficiente para assustar as adolescentes de plantão, muito pelo contrário: elas ficaram mais intrigadas do que nunca.

Além das pitadas de terror de Condon, que já levou um Oscar pelo roteiro adaptado de “Deuses e Monstros” (1998), não podemos esquecer do sexo. É em “Amanhecer - Parte 1” que Edward e Bella chegam aos finalmentes. Mas nada muito quente. Apesar de quebrarem o quarto inteiro e de Bella ficar cheia de hematomas, o vampiro continua parecendo não ser muito chegado à coisa.

O clima da trama esquenta quando Bella engravida e começa a ser devorada por seu bebê. Com uma maquiagem fantástica, Kristen Stewart parece ter passado uma longa temporada em um campo de concentração, é bem impressionante. Dá pra ouvir os ossos de Bella se quebrando e realmente dá pra ver a dor em seu olhar. “O bebê cresce demais. É horrível porque é como se seu corpo traísse você, como se algo alienígena crescesse ali dentro", explica Condon. Mesmo com todos aconselhando o aborto, Bella decide levar a gravidez até o final. “Amanhecer” finalmente abriu espaço para Kristen deixar de lado o papel da adolescente tolinha e desenvolver um pouco melhor a personagem.

A famigerada lua de mel no Brasil dá bem menos destaque ao país do que imaginávamos. Uma voltinha ao redor do Cristo e um minutinho num carnaval de rua, é a isso que se resume a participação da terrinha na saga vampiresca. A maioria das cenas da lua de mel é numa ilha da família Cullen. Tão decepcionante quanto o português sofrível do Robert Pattinson, que, pelo menos, acaba rendendo muitas gargalhadas ao público brasileiro.

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