domingo, 20 de novembro de 2011

Parentes de filho do dançarino Carlinhos de Jesus exigem transparência na apuração de assassinato

Durante velório de Carlos Eduardo de Jesus, conhecido pelos amigos como "Dudu", no Rio, na manhã deste domingo (20), parentes e amigos buscavam explicações e exigiam transparência na apuração da morte do sambista. Dudu, que era filho do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, foi assassinado na madrugada de ontem (19) quando saía de um bar em Realengo (zona oeste) no qual havia se apresentado com sua banda "Samba Firme".

No translado do seu corpo e no enterro, sambas foram cantados em homenagem ao músico. "O show tem que continuar" cantavam boa parte das cerca de 200 pessoas presentes.

Dudu foi sepultado ao som do samba-enredo de 2002 da Mangueira, "Cabra da peste", escola da qual era seguidor. Emocionado, o coreógrafo Carlinhos de Jesus resumiu: "Vocês estão vendo o enterro de um artista que vivia a cantar. Deus quis assim. Estou confiante que certamente este caso vai ser apurado. A dor é muito grande", disse.

"É uma perda irreparável, ele fazia parte de comissão de frente, era músico, o mundo do samba está de luto. O fato deve ser apurado com rigor, ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém ", disse o diretor de Carnaval da Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA), Elmo dos Santos. A Polícia Civil do Rio investiga a possibilidade de o músico ter sido executado, já que ele foi assassinado com pelo menos oito tiros.

Para a bailarina Ana Botafogo, o momento é de silêncio e apoio ao amigo Carlinhos de Jesus. "Eu conhecia o Dudu, nesse momento não tem muito o que falar, o importante é os amigos estarem por perto".

O produtor do grupo musical de Dudu, Rogério Rodrigues, afirmou que o sambista passava por um "momento excelente" na carreira, "O Dudu era a simpatia do samba, tocava com prazer. Já estávamos nesse projeto com o 'Samba Firme' há mais de dois meses, com agenda cheia. É um amigo que se foi", concluiu.

Fãs de Dudu confeccionaram uma camisa em homenagem ao cantor com a seguinte frase: "A amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir", que também trazia a foto do grupo musical que ele pertencia.

"Nos shows que fui dele sempre era alto astral, quando soube de sua morte fiquei surpreso, era querido por todos na comunidade da Vila Vintém, próximo de onde aconteceu sua morte, a maioria com essa camisa é da comunidade" diz Rafael Santos, 18.

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