O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou, nesta quinta-feira (1º), a ex-vereadora e empresária de funk Verônica Costa pelo crime de tortura contra seu ex-marido Márcio Costa. Foram denunciados pelo mesmo crime Bruno Chaves Ribeiro, Tatiane Chaves Ribeiro, Bruno Marcelo Bahia Marques e Sebastião de Oliveira Evangelista –todos parentes de Verônica.
De acordo com a denúncia, as “sessões de tortura” aconteceram na noite de 21 de fevereiro deste ano, na casa do casal, em Vargem Grande, na zona oeste da cidade. Na época, a "mãe loura do funk" negou as acusações e argumentou que o marido estava drogado.
A vítima sofreu queimaduras de segundo grau no rosto, pescoço, braços, pernas e outras partes do corpo depois de supostamente ter sido mantido em cárcere privado e torturado por 20 horas. Na versão do empresário, Verônica suspeitava de traição e contou com a ajuda dos parentes, que utilizaram produtos químicos para causar os ferimentos.
Segundo a denúncia, assinada pelos promotores Márcia Velasco e Alexandre Themístocles, após ser atraído para a suíte do casal, Márcio Costa foi amordaçado, teve as mãos amarradas, os olhos vendados e foi mantido em cárcere privado pelos denunciados. Além disso, a vítima teve a cabeça “violentamente” afundada nas águas da banheira e do vaso sanitário. O texto da denúncia diz que “Verônica desferindo socos e tapas no rosto de Márcio Costa, exigiu que ele confessasse suas condutas de infidelidade conjugal e de desvio de dinheiro arrecadado durante campanha política eleitoral”.
A denúncia diz ainda que “sempre auxiliada pelos demais denunciados, Verônica desferiu vários jatos de inseticida em seu rosto [de Márcio Costa] e jogou gasolina em seu corpo. As graves ameaças consistiam em promessas de choques elétricos e de ateamento de fogo na vítima, que era aterrorizada com fósforos acessos”.
Os promotores afirmam ainda que o “intenso sofrimento físico não teve consequências mais graves porque, durante um intervalo da tortura, aproveitando-se da distração do denunciado Sebastião, a vítima conseguiu pular do segundo andar e pediu ajuda na casa do vizinho”.
Laudos de exames de corpo de delito e boletins de atendimentos médicos revelaram que a violência e a exposição da vítima à gasolina causaram feridas em todo o seu corpo, além de queimaduras de primeiro e segundo graus na face, região cervical, genitália, região lingual e glúteos.
De acordo com o inquérito concluído pela 42ª DP, Costa conseguiu fugir para a casa de um vizinho durante um momento de distração dos torturadores. Em seguida, ele teria entrado em contato com o pai, que o resgatou e o levou para a delegacia. Eles registraram boletim de ocorrência no mesmo dia do crime. O empresário chegou a ficar internado no centro de tratamento intensivo (CTI) do hospital Pasteur, na zona norte do Rio, onde se submeteu a uma cirurgia plástica.
Policiais da 42ª DP chegaram a vistoriar a residência do casal e a conversar com vizinhos, entre os quais um homem que teria ajudado Costa a fugir do cárcere. Os policiais encontraram garrafas de gasolina e gaze no local, material que foi incluído no inquérito para comprovar o crime.
O MP requereu judicialmente a proibição do contato dos agressores com a vítima e testemunhas, sob pena de decretação de prisão preventiva, "bem como o comparecimento mensal dos denunciados na sede do juízo para informar e justificar suas atividades”, diz nota do órgão.
Outro lado
Segundo Verônica, Márcio Costa já chegou em casa com ferimentos supostamente causados por traficantes que cobravam uma dívida. Ele teria pedido um empréstimo de R$ 100 mil para a ex-mulher, que se negou a ajudá-lo.
"Ele chegou em casa naquela fúria da droga. Só eu e meus filhos sabemos como ele fica quando está drogado. (...) Quem tem um filho drogado deve entender o meu sofrimento. Ele fica extremamente violento sob o efeito da droga, covarde, um cara que não merece atenção. A acusação dele é muito covarde, esse é o troco que ele me dá", afirmou ela em fevereiro deste ano, após prestar depoimento.
A delegada da 42ª Delegacia de Polícia (Recreio), Adriana Belém, que investigou o caso, afirmou que o exame toxicológico feito por Márcio Costa não indicou o uso de entorpecentes. Segundo ela, "todos os elementos indicam" que a ex-vereadora realmente participou da cena do crime. "Ele [o ex-marido] afirma de forma taxativa que a Verônica comandou de forma impiedosa a sessão de tortura", disse.
A versão apresentada pelos denunciados foi descartada após análise de dados obtidos pela quebra de sigilo telefônico.
De acordo com a denúncia, as “sessões de tortura” aconteceram na noite de 21 de fevereiro deste ano, na casa do casal, em Vargem Grande, na zona oeste da cidade. Na época, a "mãe loura do funk" negou as acusações e argumentou que o marido estava drogado.
A vítima sofreu queimaduras de segundo grau no rosto, pescoço, braços, pernas e outras partes do corpo depois de supostamente ter sido mantido em cárcere privado e torturado por 20 horas. Na versão do empresário, Verônica suspeitava de traição e contou com a ajuda dos parentes, que utilizaram produtos químicos para causar os ferimentos.
Segundo a denúncia, assinada pelos promotores Márcia Velasco e Alexandre Themístocles, após ser atraído para a suíte do casal, Márcio Costa foi amordaçado, teve as mãos amarradas, os olhos vendados e foi mantido em cárcere privado pelos denunciados. Além disso, a vítima teve a cabeça “violentamente” afundada nas águas da banheira e do vaso sanitário. O texto da denúncia diz que “Verônica desferindo socos e tapas no rosto de Márcio Costa, exigiu que ele confessasse suas condutas de infidelidade conjugal e de desvio de dinheiro arrecadado durante campanha política eleitoral”.
A denúncia diz ainda que “sempre auxiliada pelos demais denunciados, Verônica desferiu vários jatos de inseticida em seu rosto [de Márcio Costa] e jogou gasolina em seu corpo. As graves ameaças consistiam em promessas de choques elétricos e de ateamento de fogo na vítima, que era aterrorizada com fósforos acessos”.
Os promotores afirmam ainda que o “intenso sofrimento físico não teve consequências mais graves porque, durante um intervalo da tortura, aproveitando-se da distração do denunciado Sebastião, a vítima conseguiu pular do segundo andar e pediu ajuda na casa do vizinho”.
Laudos de exames de corpo de delito e boletins de atendimentos médicos revelaram que a violência e a exposição da vítima à gasolina causaram feridas em todo o seu corpo, além de queimaduras de primeiro e segundo graus na face, região cervical, genitália, região lingual e glúteos.
De acordo com o inquérito concluído pela 42ª DP, Costa conseguiu fugir para a casa de um vizinho durante um momento de distração dos torturadores. Em seguida, ele teria entrado em contato com o pai, que o resgatou e o levou para a delegacia. Eles registraram boletim de ocorrência no mesmo dia do crime. O empresário chegou a ficar internado no centro de tratamento intensivo (CTI) do hospital Pasteur, na zona norte do Rio, onde se submeteu a uma cirurgia plástica.
Policiais da 42ª DP chegaram a vistoriar a residência do casal e a conversar com vizinhos, entre os quais um homem que teria ajudado Costa a fugir do cárcere. Os policiais encontraram garrafas de gasolina e gaze no local, material que foi incluído no inquérito para comprovar o crime.
O MP requereu judicialmente a proibição do contato dos agressores com a vítima e testemunhas, sob pena de decretação de prisão preventiva, "bem como o comparecimento mensal dos denunciados na sede do juízo para informar e justificar suas atividades”, diz nota do órgão.
Outro lado
Segundo Verônica, Márcio Costa já chegou em casa com ferimentos supostamente causados por traficantes que cobravam uma dívida. Ele teria pedido um empréstimo de R$ 100 mil para a ex-mulher, que se negou a ajudá-lo.
"Ele chegou em casa naquela fúria da droga. Só eu e meus filhos sabemos como ele fica quando está drogado. (...) Quem tem um filho drogado deve entender o meu sofrimento. Ele fica extremamente violento sob o efeito da droga, covarde, um cara que não merece atenção. A acusação dele é muito covarde, esse é o troco que ele me dá", afirmou ela em fevereiro deste ano, após prestar depoimento.
A delegada da 42ª Delegacia de Polícia (Recreio), Adriana Belém, que investigou o caso, afirmou que o exame toxicológico feito por Márcio Costa não indicou o uso de entorpecentes. Segundo ela, "todos os elementos indicam" que a ex-vereadora realmente participou da cena do crime. "Ele [o ex-marido] afirma de forma taxativa que a Verônica comandou de forma impiedosa a sessão de tortura", disse.
A versão apresentada pelos denunciados foi descartada após análise de dados obtidos pela quebra de sigilo telefônico.
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