segunda-feira, 12 de março de 2012

"Acho que o galã já foi", comenta José Mayer, que interpreta um pai judeu em "Um Violinista no Telhado"

A época em que José Mayer interpretava o conquistador fatal nas novelas pode estar com os dias contados. Em entrevista neste sábado (10), depois da apresentação do musical "Um Violinista no Telhado", ele explicou o porquê: "Acho que o galã já foi, até porque fazer graça está dando certo". Mas fez uma ressalva --toparia virar um galã "madurão": "Quando escreverem um personagem maduro, apaixonado --os maduros também amam--, quando tiver esse homem de 60 anos apaixonado, lá irei eu fazer esse galã madurão, com o maior prazer."

O ator conta que nunca se incomodou com os rótulo de "garanhão" ou "pegador" das novelas. "Sempre me diverti muito com isso, sobretudo com [as paródias do] 'Casseta e Planeta'. Costumo dizer que meu melhor José Mayer é aquele lá".
No teatro, Mayer interpreta o leiteiro Tevye de "Um Violinista no Telhado", versão brasileira de musical de Jerry Bock e Sheldon Harnick feito na Broadway em 1964, baseado em contos do escritor Sholom Aleichem. A peça mostra um homem que luta para manter as tradições judaicas na Rússia Czarista, em um mundo que está mudando. Pobre e bonachão, ele acaba sempre cedendo às vontades de suas filhas, que têm pensamentos modernos --querem se casar por amor--, enquanto enfrenta os ataques do governo russo a seu povo.

O musical começa falando de tradição e de qual é o lugar reservado a cada um numa família de judeus: o pai decide tudo, a mãe trabalha em afazeres domésticos e os filhos obedecem aos adultos. Na família de Tevye, porém, isso acaba mudando: a filha mais velha, Tzeitel (Rachel Renhack), casa-se com o pretendente pobre que escolheu, Motel (André Loddi). A que vem depois dela, Hodel (Malu Rodrigues/Karina Mathias), sai da cidade para se juntar ao comunista Perchik (Nicolau Lama). Depois, Chava (Julia Fajardo), apaixona-se por um russo católico e foge para se casar.


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