A voz límpida e a postura firme de Sérgio Chapelin ocultam seus 71 anos de idade e 40 na tevê. Fluente e sem grandes doses de nostalgia, ele reage com simpatia e surpresa ao ser questionado sobre suas quatro décadas de televisão, completadas este ano.
"Me sinto um sobrevivente por ainda estar no ar. Muitos acham que eu já deveria ter me aposentado. Mas isso é uma decisão que só compete a mim e à emissora. Quando ela quiser, vai me avisar. Quando eu sentir necessidade, peço para sair", argumenta, entre risos, o apresentador do "Globo Repórter".
Natural de Valença, sul-fluminense, a carreira de Sérgio começou na Rádio Clube da cidade. Amparado pela boa voz, aos 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como locutor em grandes estações da época, como a Rádio Nacional e a Rádio Jornal do Brasil.
"Foi onde aprendi a falar as notícias de forma correta. Essa segurança foi importante na hora de encarar as câmaras", conta Sérgio, que teve sua primeira experiência na tevê em 1972, no Jornal Hoje.
Com passagem por jornalísticos como Fantástico, Jornal da Globo e Globo Repórter – ele já comandou o programa em três fases: de 1973 a 1983, de 1986 a 1989, e de 1996 até os dias atuais , Sergio se tornou conhecido nacionalmente pelos quase 20 anos em que esteve, ao lado de Cid Moreira, na bancada do Jornal Nacional. Com sua carreira televisiva quase toda na Globo, ele lembra com bom humor sua rápida passagem pelo SBT, onde apresentou o programa de variedades Show Sem Limites, de 1983 a 1984.
"Estava fazendo a mesma coisa há muito tempo. Aí me apareceu o Silvio Santos com um salário tentador. No entanto, não foi uma experiência legal. Sem brigas, pedi para voltar aos noticiários globais", relembra.
As pessoas hoje assistem ao programa enquanto navegam por seus computadores e celulares. Eu não tenho nenhum domínio sobre esses objetos (risos), mas sei das modificações que eles causaram na tevê. Enquanto o programa está no ar, chovem críticas, elogios e sugestões, que são devidamente analisadas, para adequar o formato ao telespectador. A televisão, como um todo, deixou de fazer programas para um público passivo. Essa interação modificou tudo: texto, enquadramento de câmara, ilustrações, apresentação. É tudo muito mais informal.
Me tornei conhecido de todos os brasileiros assim que entrei para o "Jornal Nacional". Além disso, apresentei os jornais mais importantes da emissora. Conheci várias pessoas ao longo desses anos, fiz algumas amizades e passei momentos muito marcantes a frente desses telejornais. Eu e Cid (Moreira) não estávamos na reportagem, mas éramos o ponto de encontro entre o telespectador e a notícia. Da bancada do "JN", vimos a televisão e o mundo mudar. Fico feliz de fazer parte disso.
"Me sinto um sobrevivente por ainda estar no ar. Muitos acham que eu já deveria ter me aposentado. Mas isso é uma decisão que só compete a mim e à emissora. Quando ela quiser, vai me avisar. Quando eu sentir necessidade, peço para sair", argumenta, entre risos, o apresentador do "Globo Repórter".
Natural de Valença, sul-fluminense, a carreira de Sérgio começou na Rádio Clube da cidade. Amparado pela boa voz, aos 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como locutor em grandes estações da época, como a Rádio Nacional e a Rádio Jornal do Brasil.
"Foi onde aprendi a falar as notícias de forma correta. Essa segurança foi importante na hora de encarar as câmaras", conta Sérgio, que teve sua primeira experiência na tevê em 1972, no Jornal Hoje.
Com passagem por jornalísticos como Fantástico, Jornal da Globo e Globo Repórter – ele já comandou o programa em três fases: de 1973 a 1983, de 1986 a 1989, e de 1996 até os dias atuais , Sergio se tornou conhecido nacionalmente pelos quase 20 anos em que esteve, ao lado de Cid Moreira, na bancada do Jornal Nacional. Com sua carreira televisiva quase toda na Globo, ele lembra com bom humor sua rápida passagem pelo SBT, onde apresentou o programa de variedades Show Sem Limites, de 1983 a 1984.
"Estava fazendo a mesma coisa há muito tempo. Aí me apareceu o Silvio Santos com um salário tentador. No entanto, não foi uma experiência legal. Sem brigas, pedi para voltar aos noticiários globais", relembra.
As pessoas hoje assistem ao programa enquanto navegam por seus computadores e celulares. Eu não tenho nenhum domínio sobre esses objetos (risos), mas sei das modificações que eles causaram na tevê. Enquanto o programa está no ar, chovem críticas, elogios e sugestões, que são devidamente analisadas, para adequar o formato ao telespectador. A televisão, como um todo, deixou de fazer programas para um público passivo. Essa interação modificou tudo: texto, enquadramento de câmara, ilustrações, apresentação. É tudo muito mais informal.
Me tornei conhecido de todos os brasileiros assim que entrei para o "Jornal Nacional". Além disso, apresentei os jornais mais importantes da emissora. Conheci várias pessoas ao longo desses anos, fiz algumas amizades e passei momentos muito marcantes a frente desses telejornais. Eu e Cid (Moreira) não estávamos na reportagem, mas éramos o ponto de encontro entre o telespectador e a notícia. Da bancada do "JN", vimos a televisão e o mundo mudar. Fico feliz de fazer parte disso.
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