Os médicos do Estado de São Paulo programam para a próxima quinta-feira, 25, a suspensão do atendimento a pacientes de todos os planos de saúde. A decisão, anunciada pela Associação Paulista de Medicina (APM), é uma forma de protesto dos profissionais contra as empresas de saúde. Apenas os casos de emergências serão atendidos.
Ainda segundo a APM, médicos de todo o País realizarão, na mesma data, o Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde. A ideia é tornar pública a insatisfação com as inaceitáveis e recorrentes interferências das empresas no exercício da medicina, reivindicar honorários justos e, especialmente, exigir condições adequadas para uma assistência de qualidade aos pacientes, diz a entidade. Os médicos pretendem ocupar a Avenida Paulista, em São Paulo, na manhã de quinta-feira.
De acordo com a pesquisa, os profissionais das três áreas afirmam que um grande número de pacientes de planos de saúde tem recorrido ao SUS e ao atendimento privado em função de obstáculos colocados pelas empresas. Entre os problemas destacados estão a restrição a execução de procedimentos de alta complexidade e a pressão para reduzir o número de solicitações de exames considerados essenciais.
Além disso, eles reclamam da dificuldade em receber pelos serviços prestados e informaram que 97% dos cirurgiões-dentistas e 98% dos médicos e fisioterapeutas estão insatisfeitos com a sua remuneração. Os reajustes das categorias também foram alvo de contestações.
Quando perguntados se consideravam os planos para os quais trabalhavam bons ou ótimos, apenas 6% dos médicos e 3% dos dentistas qualificaram as empresas positivamente. Entre todos os fisioterapeutas entrevistados, nenhum considerou o seguro de saúde como bom ou ótimo.
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