O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) confirmou nesta quinta-feira (4), por meio de nota oficial, que três pessoas foram infectadas por uma superbactéria resistente a antibióticos, a KPC (Klebisiella pneumoniae carbapenemase).
Um dos pacientes, de 65 anos, morreu. Segundo o diretor clinico do hospital, Arnaldo Teixeira, a paciente infectada morreu também em decorrência de outras complicações de saúde, que provocaram uma baixa na imunidade.
Um quarto caso suspeito foi descartado após a realização de exames. De acordo com a nota, a Comissão de Controle de Inspeção Hospitalar do hospital vem monitorando qualquer caso referente à infecção.
Atualmente, um dos pacientes infectados, com 60 anos, está em tratamento ambulatorial e não apresenta sintomas de contaminação. Outro infectado, de 45 anos, continua internado no HUSM, recebe terapia e está evoluindo "de maneira satisfatória". A KPC é um micro-organismo que foi modificado geneticamente no ambiente hospitalar e é resistente aos antibióticos existentes. É transmitido em ambiente hospitalar por meio do contato com secreções de pacientes internados e, por isso, segundo a direção do HUSM, não há possibilidade de uma epidemia.
A vítima fatal, cuja identidade não foi revelada, estava internada há mais de três meses com diversas doenças. O hospital informou que ela morreu em fevereiro. Os sintomas gerados pela KPC são os mesmos que ocorrem com a infecção por outras bactérias, podendo afetar sangue, pulmões, urina e trato digestivo.
Na nota, a direção destaca que o risco de contaminação no ambiente domiciliar não existe, já que a KPC é transmitida exclusivamente pelo contato direto dos pacientes contaminados. "A situação é preocupante, mas não é de alarme e nem de pânico", salientou Teixeira. Em 2010, a mesma superbactéria provocou um surto em alguns hospitais do país e causou 18 mortes no Distrito Federal e três no Rio de Janeiro.
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