terça-feira, 28 de maio de 2013

Jovens funkeiros podem chegar ao 1º milhão antes da maioridade

Com o batidão do funk nas paradas de sucesso, jovens MCs e dançarinos, não raras vezes, faturam o primeiro R$ 1 milhão antes mesmo de chegar à maioridade. De acordo com reportagem do jornal "O Globo" desta segunda-feira (27), o dinheiro movimentado por essa indústria fonográfica deve alçar uma leva artistas a um novo patamar de consumo.

Para os iniciantes, o cachê parte de R$ 1 mil. Nada mal para quem se desdobra em até 15 shows num único fim de semana. A partir daí, a progressão é geométrica. Se a música, além de bombar nas redes sociais, tocar nas rádios, o cachê pula para R$ 10 mil. E quando o clima chega lá no alto, como aconteceu com o cantor Naldo, uma única apresentação pode render R$ 250 mil.

Máquina regi$tradora

Além dos tradicionais shows, os funkeiros ocupam suas agendas com apresentações em casamentos, bailes de debutantes e feiras de agropecuária, que rendem cachês a partir de R$ 5 mil. Mas, mesmo com a conta cheia, poucos são os pop stars dessa nova geração que deixam suas comunidades de origem.

Viviane Queiroz, de 18 anos, a MC Pocahontas, constrói para a mãe uma casa com piscina, em Campos Elíseos, em Caxias (RJ), onde nasceu e foi criada. Expoente do funk de ostentação, ela é capaz de gastar R$ 10 mil numa loja de bolsas. Antes de se jogar no consumismo, porém, teve uma preocupação. "Três meses após virar MC, avisei à minha mãe que ela não ia mais precisar trabalhar como doméstica porque eu ia bancá-la. Quero dar o melhor para ela", disse à reportagem do jornal "O Globo".

A mãe, Marinês de Queiroz, de 48 anos, orgulha-se da jovem funkeira: "Estava certa quando a deixei realizar esse sonho".

Não diferente é a história de Brunninha, a Princesinha do Funk. A jovem, de 19 anos, vive com a mãe e dois irmãos em Tomás Coelho. A fama não a fez mudar de endereço, mas alterou, e muito, a qualidade de vida da família graças aos cachês.

"Minha família vem em primeiro lugar", diz ela.

No caso do MC Jean, de 19 anos, da Rocinha, ajudar a mãe também é prioridade. Porém, de olho num futuro profissional mais sólido, ele investe parte dos cachês em sua formação artística. Jean é uma exceção, pois não largou a escola, como muitos jovens: "Faço aulas de canto e violão. Após o Ensino Médio, vou pensar na faculdade".

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