sábado, 11 de janeiro de 2014

Morre Marly Marley, atriz e ex-jurada do "Programa Raul Gil"

A ex-jurada do "Programa Raul Gil", ex-vedete e atriz Marly Marley morreu, aos 75 anos, na noite desta sexta-feira (10) no Hospital São Camilo, em São Paulo. De acordo com o hospital, ela morreu às 22h05 devido a complicações relacionadas a um câncer de pâncreas.

O velório será a partir das 9h deste sábado (11) no Cemitério Morumbi, em São Paulo, e o enterro às 17h.

Em recente entrevista ao UOL, o apresentador Raul Gil afirmou que Marly teve que passar por uma cirurgia de emergência em dezembro e estava se recuperando na UTI. "O Ary [Toledo] está desolado, sem rumo, a família dele é a Marly", afirmou Raul sobre o estado emocional do marido da ex-vedete.

A atriz foi internada no dia 3 de dezembro devido a uma "descompensação clínica" e estava em tratamento quimioterápico para seu câncer, que era metastático – ou seja, causa formação de novas lesões tumorais a partir de outras.

O último boletim médico divulgado pela assessoria do São Camilo nesta quinta-feira (9) informou que a ex-jurada estava recebendo os devidos cuidados médicos e que seu estado era "grave, mas estável". Ainda de acordo com as informações, Marly seguia internada sem previsão de alta.
BIOGRAFIA

Marly Marley (Três Lagoas/MS, 5 de abril de 1938) Foi atriz, diretora de teatro, crítica musical, jurada musical e ex-vedete da época de ouro do rádio e televisão brasileiros, personalidade de destaque expressivo no cenário da cultura artística e musical nacional por várias décadas.

Nascida em Mato Grosso do Sul, Marly Marley ainda pequena, mudou-se para Lins, no estado de São Paulo, cidade que adotou de coração. Formou-se professora (magistério) e psicóloga. Porém, acabou não exercendo a profissão, vindo a dedicar-se às artes. Em sua educação musical, aprendeu a tocar os instrumentos acordeão e piano, bem como teve também aulas de canto.

Esteve no elenco de "Tá Rosa e não Está Prosa", ao lado de Zeloni e Renata Fronzi, "Precisa-se de um Presidente", com o cômico José Vasconcelos, e nas revistas "Esta Mostra Tudo" (1962), "Vai Acabar em 69" (1963), "Só Porque Você Quer" (1964) e "Pega, Mata e Come" (1965).

O carnaval é outra paixão de Marly. Ao longo de dez anos ela participou de gravações de folias carnavalescas pelo Brasil. Toda a experiência conferi-lhe vários predicados artísticos e culturais.

Marly Maley interpretou a música "Marcha da Baleia", de Henrique de Almeida, José Roy e Gentil Castro - no LP CARNAVAL DE 1961, pela gravadora Continental - LPP - 314006; participaram também desta gravação Jorge Goulart, Angela Maria, Orlando Corrêa, Gordurinha, Risadinha, Walter Levita, Jamelão, Bill Farr, Ruy Rey, Fernando Costa, Zé Fidelis, e Duo Guarujá.
Em 1961, lançou pelo selo Momo as marchas "Índio bonitinho", de Wilson Roberto e Valdir Santos, e "Gatinho angorá", de Rômulo Paes e Vera Marlene.

Em 1963, juntamente com interpretes como Chocolate, Roberto Amaral, Joel de Almeida e outros, participou da coletânea carnavalesca "Carnaval Bossa Nova", da Fermata/Momo interpretando as marchas "Joãozinho cabeçudo", de Henrique de Almeida, José Roy e C. Marques, e "O gago", de V. Marlene, Gentil Castro e Gervásio Horta.

Nesse ano, atuou no filme "Casinha pequenina", com direção de Mazzaropi.
Em 1964, Marly Marley gravou a marcha "Mamãe dê um jeitinho", de Gervásio Horta, Gentil Castro e José Roy, incluída na coletânea "Viva o carnaval" da Fermata/Momo.

No mesmo ano, participou do LP "Carnaval Brasil/ 64", da RGE com as marchas "Só quero um", de Benil Santos, Ivo Santos e Raul Sampaio, e "Leva na conversa menina", de José Roy e Henrique de Almeida.

Gravou para o carnaval de 1965, pela Musidisc, as marchas "Zé...Caninha", de Henrique de Almeida e Arnô Canegal e "Fantasiado de pavão", de Henrique de Almeida e Gervásio Horta.

No mesmo ano, Marly atuou no filme "O Puritano da Rua Augusta" com direção de Mazzaropi.

No final da década de 60, e no auge da ditadura, lançava-se a Rede Bandeirantes de Televisão. A caçula das emissoras teve sua primeira transmissão a 13 de Maio de 1967. A emissora que faz parte do grupo Bandeirantes de Comunicação, foi fundada por João Saad, e contava com o apoio político de seu sogro, o ex-prefeito Adhemar de Barros.
A emissora paulista, apesar de ter sofrido um incêndio dois danos depois da inauguração, é a que possui o seu arquivo mais completo entre as outras emissoras de Tevê. Os teleteatros raros com Cacilda Becker, a primeira novela da emissora, programas musicais, humorísticos, ainda estão intactos.

Nesse vídeo vemos a festa de inauguração da emissora, em 1967. Aparecem como repórteres, as atrizes Cacilda Lanuza, Marly Marley e Maria Izabel de Lizandra, entrevistando personalidades como o palhaço Arrelia e atriz Miryan Pérsia.

Em 1973, Marly Marley casou-se com o humorista Ary Toledo.

Em 1977, gravou para o LP "Carnaval 78" da RCA Camden a marcha "Todo mundo quer moleza", de José Roy e Osvaldo Guilherme.

Para o carnaval de 1983, gravou a marcha "Bela Dona", de Benê Alves e Margareth Alves.

Marly produz e dirige peças teatrais, como: O vison voador. Integra, também, junto com um corpo de veteranos da cultura musical brasileira, o jurado do Programa Raul Gil.

Trabalhou por quinze anos como vedete nos teatros de revista. Depois, participou de operetas com Vicente Celestino. Participou ainda de comédias com Dercy Gonçalves, Mazzaropi e José Vasconcelos.

Em televisão, Marly passou por várias emissoras como Tupi, Excelsior, Band, SBT e Record. No cinema, estrelou três filmes com Mazzaropi, e em duas produções estrangeiras, uma mexicana e outra alemã.

Em 2006, fez uma participação especial na novela "Belíssima" interpretando uma vedete veterana juntamente com as ex-vedetes Carmem Verônica e Iris Bruzzi.

Em 2008, Marly Marley participa do filme "Chega de Saudade", do cineasta Laís Bodanzky (autor de "Bicho de Sete Cabeças"), com roteiro de Luiz Bolognesi, um longa-metragem que trata do universo e dos personagens dos salões da época de ouro do rádio, teatro e televisão no Brasil. Na história, ela interpreta a personagem Liana.

Em 2008, foi candidata a vereadora em São Paulo.

Marly integra — e já há vários anos — o corpo de jurados doPrograma Raul Gil. Com notável cultura, experiência e talento musical, é considerada a primeira dama da crítica musical brasileira. Marly trabalha com Raul Gil desde 1987; sendo uma das juradas fixas do Programa Raul Gil.

Em 2009, depois de um período internada retornou ao júri do programa Raul Gil.
Em 2010, Marly Marley, 71 anos, e José Messias, 82 anos, deixaram o quadro de jurados do Programa Raul Gil (Band), depois que o diretor da atração, Raulzinho, disse que queria rejuvenescer o júri do programa do pai, Raul Gil, de 72 anos.

Ainda em 2010, tanto Marly Marley quanto José Messias voltaram integrar o quadro de jurados do Programa Raul Gil, agora no SBT.

Nenhum comentário:

Postar um comentário