Haveria lugar para o RPM no rock brasileiro atual? Teclados sinfônicos e ombreiras, como reclamava Paulo Ricardo quando queria modernizar uma banda, segundo ele, estagnada, ou um pop-rock contemporâneo? Aliás, o que é mesmo pop-rock contemporâneo?
Essa bobagem, os quase cinquentões Paulo (baixo e vocais), Fernando Deluqui (guitarra), Luiz Schiavon (teclados e já além da barreira dos 50) e P.A. (bateria) não fizeram. Nada seria mais patético do que o quarteto que inaugurou uma espécie de beatlemania brasileira nos anos 1980 querer soar trendy.
O RPM de 2012, depois de uma volta bem-sucedida aos palcos no ano passado (foram 70 shows), é aquela banda em que predominam os teclados, o baixo processado (e bem tocado), uma bateria reta, mais eletrônica do que orgânica, e toques de guitarra - que, de resto, poderia estar mais presente.
Lembra um Duran Duran aqui, um Pet Shop Boys ali, um... RPM acolá? Pode apostar. Curiosamente, aliás, esse pop-rock com teclados foi, de certa forma, ressuscitado neste milênio, através de bandas, essas, sim, trendy, como Hot Chip e Of Montreal.
O disco - o primeiro de carreira do RPM desde "Os quatro coiotes, de 1988 - começa com "Dois olhos verdes", possivelmente a melhor. Nas mais agitadas - melhores do que baladas como "Vidro e cola" -, Paulo consegue manter seu velho estilo sem soar afetado demais.
Nas letras, se há eventuais tropeços (como uma desnecessária rima de "músculo" com "crepúsculo"), ele não tem medo de arriscar e se dá bem, como em "Muito tudo" e "Ela é demais".
O disco vem acompanhado de um CD com remixes de sete das 12 músicas, um momento de diversão do Professor Pardal Schiavon - ele assina a produção ao lado de Paulo Ricardo - no estúdio. Dá para balançar os ombrinhos.
Essa bobagem, os quase cinquentões Paulo (baixo e vocais), Fernando Deluqui (guitarra), Luiz Schiavon (teclados e já além da barreira dos 50) e P.A. (bateria) não fizeram. Nada seria mais patético do que o quarteto que inaugurou uma espécie de beatlemania brasileira nos anos 1980 querer soar trendy.
O RPM de 2012, depois de uma volta bem-sucedida aos palcos no ano passado (foram 70 shows), é aquela banda em que predominam os teclados, o baixo processado (e bem tocado), uma bateria reta, mais eletrônica do que orgânica, e toques de guitarra - que, de resto, poderia estar mais presente.
Lembra um Duran Duran aqui, um Pet Shop Boys ali, um... RPM acolá? Pode apostar. Curiosamente, aliás, esse pop-rock com teclados foi, de certa forma, ressuscitado neste milênio, através de bandas, essas, sim, trendy, como Hot Chip e Of Montreal.
O disco - o primeiro de carreira do RPM desde "Os quatro coiotes, de 1988 - começa com "Dois olhos verdes", possivelmente a melhor. Nas mais agitadas - melhores do que baladas como "Vidro e cola" -, Paulo consegue manter seu velho estilo sem soar afetado demais.
Nas letras, se há eventuais tropeços (como uma desnecessária rima de "músculo" com "crepúsculo"), ele não tem medo de arriscar e se dá bem, como em "Muito tudo" e "Ela é demais".
O disco vem acompanhado de um CD com remixes de sete das 12 músicas, um momento de diversão do Professor Pardal Schiavon - ele assina a produção ao lado de Paulo Ricardo - no estúdio. Dá para balançar os ombrinhos.
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